Feliz 2012 para todos...
Como o povo daqui anda meio sem relatar suas aventuras para ilustrar esse site, resolvi postar sobre mais uma climb trip da qual eu retornei na segunda feira, dia 9 de janeiro.
Iniciei a climb trip rumo SBS com o intuito de pegar uma carona para o glorioso RJ e depois voltar a SBS, em tempo de passar a virada do ano na terrinha.
Já em SBS, com a cia da cariocada do Foca no Climb pude me matar nos boulders do Áreas (vulgo, Sumba). Com novos betas consegui mandar um boulder que tinha ficado para trás no final de semana anterior. Nesse dia consegui mandar o Tapirus, V8, fiz uma extensão dele terminando no Lizard que deve subir um número. Inspirado, segui para o boulder Curupira, V9. Entretanto o excesso de força fez com que eu quebrasse a primeira agarra do boulder... Fatalidades a parte, a saída ficou mais forte, mas como conseguiram isolar o movimento, os ânimos voltaram e a cadena não rolou!
Ai só restou seguir para o RJ. Tempo de rever bons amigos e conhecer lugares incríveis! No primeiro dia já fui resgatado pela Glauce e Lulu para conhecer os boulder da Pracinha de Itacoatiara, em Niterói. Chegando lá depois de um açai, restou partir para o espanco! Na companhia de Gustavinho, que é um forte escalador de MG e as locais Glauce e Lulu restou secar o que estava molhado e subir a pedra! Logo depois, a muvuca aumentou com a chegada do povo do serrado! Nesse dia entrei no clássico Rising from de vala, V4, bem bacana, o travessia do Gringo, V5, com cara de V6, que me rendeu várias entradas tbm rolou e, por fim, o Invergadura de Alá, V7!
Para quem não conhece, a Pracinha de Itacoatiára fica na praia com o mesmo nome e o acesso é super fácil. Os boulders ficam na rua e, as vezes, é preciso até tirar os crashs da rua para o carro passar. Com essa facilidade voltei lá várias vezes. Consegui mandar um boulder bem difícil chamado Pirocóptero, V8, que no dia anterior não conseguia isolar o crux por nada! Mas, com a supervisão do local Pedro Gomes e a pilha do Gustavinho a coisa fluiu. Ai só me restou entrar em um boulder muito técnico chamado Contra Vento, V7. Esse demorou mais saiu. Com os dedos em frangalhos os betas precisos da Lulu aforam cruciais para a cadena.
Feito o volume, confiante e sem dedos resolvi arriscar os boulder de graduação mais alta. Com a cia da Glauce parti para a Urca para ver como eu me sairia em um boulder que eu entrei em 2006. O nome do boulder é Inominado, V11, com as agarras mais doidas do mundo. Convenhamos que depois de vários dias escalando rocha e sem descansar eu me encontrava em grande desvantagem. Consegui decifrar o boulder, entretanto, quando chegou a hora de unir tudo, os dedos não deixavam mais. Restou apenas entrar em coisa fácil e fazer balada a noite na Lapa!
Depois de muitas idas a praia, conhecer muita gente e lugares incríveis pela supervisão da Glauce, ela me deixou sob o comando do casal Ana e Rodrigo. Esses dois me renderam boas risadas! A Ana me levou para conhecer a falésia dos Primatas. As falésias no Rio tem suas facilidades. Fomos de busão para o pico, chegando lá vi que é uma das falésias mais bacanas que eu já conheci e ainda por cima, tem uma cachoeira do lado.... Sem comentários... Final do ano de 2011, eu me atrevo a escalar de cadeirinha.
Resolvi entrar na via Orango Rock, 8c. Gibara, Choco e Bibi entraram antes de mim, fato que possibilitou eu pegar vários betas antes de entrar na via, além de um filminho que vi no youtube antes de arrumar a mochila para ir ao pico. A via é perfeita: bem negativa, de agarras boas do início ao fim e curta. Assim, até eu que sou boulderista me saio bem! Consegui mandar ela na primeira entrada! Presente de natal, posto que era dia 24 de dezembro!
Bom, vou deixar para continuar o relato da climb trip no próximo post para esse não ficar tão grande!
Abraços,
João Ricardo.
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